(I Samuel 15:22) - Porém Samuel disse: Tem porventura o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros.
Todos nós conhecemos a história de Jonas, um dos profetas
mencionados no Antigo Testamento que viveu uma experiência impactante, sem
precedentes. Esta experiência tem início com uma convocação. Em determinado
momento de sua vida Jonas recebe o seguinte direcionamento do Senhor: “Vá para
Nínive e pregue a mensagem ali”. Certamente este destino não tem muito
significado para nós, pois esta cidade e as características de seus habitantes
são desconhecidas para muitos de nós. Nínive era a capital do Império Assírio.
Era uma cidade poderosa, com palácios e templos magníficos, ruas largas e
muralhas maciças. O profeta hebreu Naum se referiu a ela como a “cidade de
derramamento de sangue”.
Era na capital deste império extremamente violento que Deus
queria que Jonas pregasse uma mensagem de condenação. Sua rota já estava
marcada. Numa primeira leitura deste livro corremos o risco de nos impressionar
tanto com o fato de Jonas passar três dias dentro do ventre de um peixe que
desprezamos algumas pérolas existentes neste relato.
A primeira delas, é o fato de encontrarmos neste livro um
Deus Todo Poderoso que fala com um simples ser humano. Isto é um privilégio
inigualável e que não está limitado ao tempo de Jonas. Este Deus falou com
Jonas e ainda fala conosco. Sua voz pode ser ouvida ainda hoje por homens
comuns, pois o mérito não está na perfeição humana nem na capacidade de seus
ouvidos, mas na infinita Graça e Misericórdia deste Deus Todo Poderoso. Esta
afirmação pode gerar uma pergunta: Porque parece ser tão difícil ouvir Deus?
Somos uma geração marcada por muitas vozes, muitos sons, ou seja, temos muitas
opções de vozes, inclusive a de Deus. Diante destas possibilidades de
incentivá-lo a desejar ouvir a voz do Deus Todo Poderoso. Mais que desejo, nós
dependemos de ouvir a Sua voz, pois na Palavra de Deus está a melhor direção
para nossa vida. Ele ainda fala de maneira que podemos compreender, basta
querer. O teu desejo deve ser transformado em atitude. O silêncio de Deus
revela a nossa falta de atitude. Fico com a orientação dada pelo próprio Deus
através do profeta Jeremias 33:3 Clama a mim, e responder-te-ei, e
anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes.
Neste momento surge uma segunda pérola que precisa ser
observada com carinho. Cremos que Deus é o nosso provedor, cuidador e
sustentador. Segundo Tiago, em sua epístola no capítulo 1 e versículo 17, “Toda
a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em
quem não há mudança nem sombra de variação”. Não há como negar que ter
condições financeiras é algo muito bom, pois o dinheiro nos proporciona
momentos interessantes, alguns deles são inesquecíveis. O fato de Deus te dar condições não significa
que deve fazer o que você quiser, não, esta não deve ser a nossa postura. Se
agirmos como Jonas corremos o risco de usar a dádiva de Deus (dinheiro) para
patrocinarmos uma vida de desobediência. Jonas nos deixou este exemplo, pois
ele utilizou os recursos que Deus lhe havia dado para comprar uma passagem para
uma direção oposta àquela que o Senhor lhe determinara.
Além da desobediência de Jonas podemos falar sobre o
equívoco de Sara, esposa de Abraão. Deus havia falado claramente que ela
geraria um filho. Os anos se passaram e ela ficou cansada de esperar a promessa
do Senhor e decidiu assumir o controle do seu próprio destino. Foi lá e disse
para o marido se deitar com a sua serva Hagar, no intuito de obter o prometido
e tão esperado filho.
Assim como esses personagens Bíblicos, há diversos momentos
em nossas vidas em que nos vemos diante de uma encruzilhada: obedecer ou
desobedecer? Precisamos ter em mente que a única maneira de sermos
bem-sucedidos nessa vida é obedecendo ao Senhor. Dessa forma, quando obedecemos
a Deus estamos mostrando a Ele que confiamos nEle para direcionar as nossas
vidas e podemos ter a certeza de que o resultado será positivo. Há uma benção
especial na obediência. Ela nos aproxima de Deus. Segundo John Bevere, “fé e
obediência são inseparáveis, porque a obediência é evidência da verdadeira fé”.
E nós sabemos que “sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se
aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam”
(Hebreus 11:6).
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